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O exame preventivo, também conhecido como "exame de lâmina", exame de Papanicolaou, exame citopatológico ou colpocitologia, tem a função de detectar as lesões consideradas precursoras do câncer do colo uterino: as lesões de alto grau (HSIL – de High Grade Squamous Intraepithelial Lesions - ou SIL II, Neoplasia Intraepitelial Grau II ou III - NIC II/IIII, Displasia Moderada/Acentuada/Carcinoma in situ*) ou adenocarcinoma* in situ. Não são lesões cancerosas. São lesões com possibilidade de evoluir para o câncer em alguns anos se deixadas sem tratamento. É neste sentido que ele é considerado preventivo: ao denunciar a existência destas lesões, podemos tratá-las e impedir que evoluam até o câncer.

Em algumas mulheres esse exame também poderá detectar um câncer em suas fases iniciais, assintomáticas e sem lesão visível ao exame ginecológico.

Na presença de um desses diagnósticos, há uma probabilidade significativa de a mulher ser portadora de uma lesão pré-maligna ou câncer inicial e é recomendável realizar uma colposcopia tão logo quanto possível.

Em algumas mulheres, porém, o preventivo pode detectar uma lesão que não oferece risco significativo de progressão para o câncer: são as lesões de baixo grau (LSIL – de Low Grade Squamous Intraepithelial Lesions - ou SIL I, Neoplasia Intraepitelial Grau I - NIC I, Infecção pelo HPV ou Displasia Leve). Nesses casos a colposcopia pode ser postergada e indicada somente se o exame se mativer alterado ou estiverem presentes tipos oncogênicos de HPV (veja Quando a colposcopia é necessária?).

Outros diagnósticos possíveis são células escamosas atípicas (ASC - Atypical Squamous Cells) e células glandulares atípicas (AGC - Atypical Glandular Cells). Nessas situações existem alterações celulares, mas que não preenchem todos os critérios diagnósticos para sugerirem doença. 

Os diagnósticos de ASC são subdivididos em subcategorias: “atipias de significado indeterminado, possivelmente não neoplásicas” (ou ASC-US) e “atipias de significado indeterminado, não sendo possível afastar lesão de alto grau” (ou ASC-H). No primeiro caso, as alterações observadas pelo citopatologista parecem estar relacionadas a processos inflamatórios, regenerativos ou até à presença do HPV sem lesão precursora do câncer. Raramente estará presente uma lesão pré-maligna ou câncer. Na segunda possibilidade, o citologista não está seguro quanto à inexistência de uma lesão pré-maligna e é recomendável realizar uma colposcopia em seguida.

Já as células glandulares atípicas apresentam subcategorias "sem outra especificação" (SOE) ou "favorencendo neoplasia". Na última situação, a probabilidade de doença pré-maligna ou maliga parece ser mais significativa. Em ambas situações a mulher deve ser encaminhada para colposcopia. 

Todos esses diagnósticos podem estar relacionados ao HPV mesmo que isso não esteja mencionado no laudo do exame.

Nenhum destes diagnósticos do preventivo é definitivo e a conclusão quanto à existência ou não de doenças pré-malignas ou malignas é feita em exame de amostra retirada da área doente (biópsia), visível através da colposcopia, ou, ainda após a retirada de toda a área doente, no caso de lesões que necessitam de algum tratamento (exérese da zona de transformação, Cirurgia de Alta Frequência, conização do colo uterino - excisões tipos I, II ou III).

Todavia, na maioria das vezes, as alterações do preventivo são de natureza inflamatória ou infecciosa e podem ser avaliadas durante o exame ginecológico comum e, quando necessário, tratadas pelo médico assistente. São exemplo “cervicite”, “inflamatório leve", "moderado" ou "acentuado”.

Também existe uma série de diagnósticos que costumam preocupar a paciente por terem nomes incompreensíveis para quem não os conhece. Um exemplo é o termo “metaplasia escamosa”. Este termo lembra neoplasia, mas denomina um processo normal, que toda mulher tem ao longo de dua vida. Procure esclarecer com seu médico assistente. 

*Apesar do nome assustador, o carcinoma in situ denota uma lesão pré-maligna (assim como o adenocarcionma in situ) e, pela conotação de malignidade do termo “carcinoma”, tem sido evitado. Esse grande número de nomes é resultado de várias nomenclaturas que se sucederam ao longo dos anos e cada laboratório ou médico utiliza a que julga mais conveniente ou aquela a que está mais familiarizado. Os termos “carcinoma” e “neoplasia”, indicam malignidade, mas, seguidos dos termos “intraepitelial”ou “in situ”, indicam que ainda não há características do câncer. A nomenclatura mais antiga, que classificava o resultado do preventivo em classes, já quase não é mais utilizada porque as "classes III e IV" incluem desde lesões pouco importantes (as de baixo grau), até lesões pré-malignas (as de alto grau).

Atualizado em 06/12/2021.